sábado, 1 de junho de 2013

À você, querido.




   Eu queria te agradecer por todas as coisas que já fez por/para mim. Obrigado pelos abraços, pelos carinhos e beijos. Obrigado por não me contar a verdade quando foi necessário. Obrigado pelas diversas vezes em que eu precisava de compreensão e você não estava perto. E por ultimo mas não menos importante; Obrigado pelas suas mentiras inacreditáveis.
   Você deixou marcas profundas nos caminhos para o meu coração. Criou armadilhas ao mesmo tempo em que quebrava barreiras.
   Brincou em áreas proibidas. Fez buracos onde nem mesmo você soube como escapar. Tentou encontrar atalhos inexistentes e se perdeu neles. Entrava nos labirintos mais fáceis e mesmo assim, pela milésima vez, se perdia.
   Os estragos que você deixava, de certo modo, extrapolaram as leis que criei para minha vida. A bagunça que você fazia e não arrumava ficava tão grande que te levava ao ponto de largar tudo de mão e me abandonar.
   Para todos os efeitos, sinto que entreguei meu coração a uma criança. Ela tinha forma de homem feito, falava como gente grande e agia como um adulto. Um belo disfarce não?!
   Independente de qualquer ação efetiva em nossas vidas, sempre aprendemos algo novo. No meu caso, sinto como se tivesse amadurecido mais dez anos.
   Graças a todos os tombos e chicotadas que levei nesse relacionamento complicado, sou uma pessoa muito mais forte.
   Aprendi a me amar em primeiro lugar. Aprendi que nem todos os "eu te amo" são de verdade. Aprendi que sempre um vai fazer mais sacrificios pelo outro e aprendi também que antes de oferecer todo meu amor a alguém, tenho que saber se ela está disposta a me oferecer também.
   Sou muito mais atenta as coisas que acontecem a minha volta, as pessoas que não conheço e a todas as que me amam.
   Eu descobri que sofrer é uma escolha nossa, então eu escolho não sofrer mais.
   Amar é uma palavra como qualquer outra, mas sentir o seu significado é o que faz a vida valer à pena. E eu ainda quero sentir. É por isso que a partir de hoje vou me afastar de tudo que me faz mal.
   Se for para lutar de novo, que seja pela minha felicidade. Creio que doa bem menos.